Quando surgem dúvidas é sinal de que o assunto está ganhando espaço na sociedade. E com a energia solar não é diferente. Com custos cada vez mais atrativos, tecnologias aprimoradas e vantagens diversas (econômicas, sustentáveis, retorno do investimento e eficiência por longos anos), os sistemas fotovoltaicos têm se destacado. Previsões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sugerem que em 2018 a produção da energia solar, no Brasil, pode dobrar.
Minas Gerias é o estado com o maior número no setor. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, divulgado em fevereiro de 2018, Minas tem mais de 3540 sistemas de energia solar.
Números crescentes, interesse dobrado. Para ajudar a esclarecer as principais dúvidas que surgem, este post traz cinco pontos chave, que funcionam como introdução para conhecer mais sobre a energia solar. Então, confira abaixo.
1. Quanto custa um sistema fotovoltaico?
O preço varia de acordo com a necessidade do cliente. Com isso, os sistemas são projetados para atender ao consumo de cada pessoa. E o melhor: o valor investido na compra e instalação é recuperado no decorrer dos primeiros anos. Os sistemas bem planejados garantem a redução da conta de luz para o mínimo contratado. Além de suprir o valor investido, a economia gerada com essa redução é considerada mais lucrativa que as aplicações mais comuns do mercado.
Como exemplo, vamos avaliar a conta de uma família que gasta R$250 de luz por mês (R$3.000 por ano), ilustrados no gráfico a seguir. Se investidos na poupança, o valor das contas de luz, durante um ano, renderia cerca de R$600, no Tesouro Direto, perto de R$700 e no CDB, R$800. No entanto, a economia gerada pelo sistema fotovoltaico, no mesmo período de tempo, seria de aproximadamente R$3.000. E detalhe: quanto maior o gasto com energia, maior a lucratividade a longo prazo e menor o tempo de retorno do investimento com a compra do sistema.
Além disso, há boas opções de financiamento, com juros atrativos, que garantem a rentabilidade e a vantagem do investimento no sistema fotovoltaico. Inclusive, há um projeto de financiamento do BNDS, direcionado à energia solar e para pessoas físicas, com as parcelas mais atrativas do mercado. E algumas empresas, como a Anet Volt, em Juiz de Fora/MG, ainda disponibilizam a opção de financiamento próprio.
2. Quais as vantagens da energia solar?
Com a energia solar é possível economizar até 95% da conta de luz, reduzindo-a para o mínimo contratado. O retorno do investimento (ROI) é outro diferencial. A imunidade às variações tarifárias das concessionárias de energia agrega ao fator economia, assim como a valorização do imóvel no mercado imobiliário.
A produção de energia limpa e renovável transforma o investimento numa iniciativa socialmente responsável. Com isso, além da economia, os sistemas são ecologicamente eficientes e potencializam a preservação do meio ambiente.
Assim como a economia, destaca-se também a possibilidade de dividir a energia produzida por um sistema no abatimento da conta de energia de outros imóveis. Isso quer dizer que os sistemas podem ser integrados à concessionária da região, de modo que é possível tanto acumular créditos de energia (a partir do excedente gerado, evitando assim a perda ou a necessidade de baterias para armazenamento), quanto compartilhar esse excedente para reduzir outra fatura que não a do imóvel onde o sistema está instalado (como, por exemplo, um consultório, escritório, sítio, outra casa etc).
Outra vantagem é o período de eficiência das placas solares. Os equipamentos têm uma vida útil de 25 anos, o que garante tranquilidade aos proprietários.
3. Como funciona a energia solar?
O passo a passo do funcionamento do sistema solar:
- Primeiro, a luz solar atinge o painel solar no telhado e gera energia em corrente contínua (CC), que flui para o inversor.
- O inversor converte a CC em corrente alternada (CA), usualmente comum nos imóveis.
- Caso exista consumo no momento, essa energia será enviada ao quadro de distribuição. Caso contrário, será encaminhada para o relógio bidirecional, caindo na rede elétrica da concessionária, gerando créditos de energia.
- A energia convertida em CA será usada na casa quando necessário.
- A energia gerada que não for consumida no momento será direcionada à concessionária de sua região e convertida em créditos para a unidade consumidora. Créditos que podem ser consumidos em até 60 meses ou em outros imóveis do proprietário.
Uma dúvida recorrente é quanto aos períodos noturnos ou dias nublados. O consumidor pode ficar tranquilo, pois não há falta de energia nesses casos. Os sistemas fotovoltaicos podem ser conectados à rede elétrica (on-grid) ou a um banco de baterias (off-grid). Desse modo, a necessidade do cliente pode ser suprida, mesmo nos instantes em que as placas não estão gerando energia.
4. Como é a instalação e a manutenção do sistema fotovoltaico?
A instalação é simples e na maioria dos clientes residenciais é realizada em poucos dias. Por isso, o mais importante é ter um bom planejamento anterior. Projetando um sistema capaz de suprir a necessidade do consumidor e gerar economia. Dessa forma, empresas experientes e capacitadas tendem a oferecer melhores resultados.
O planejamento deve ser acompanhado de uma prévia vistoria técnica, onde será avaliado a estrutura para fixação das placas, o melhor posicionamento, a área abrangida, a incidência de luz natural, dentre outras demandas. Feito isso a instalação ocorre em poucos dias e em seguida basta aguardar a liberação da concessionária e aproveitar as vantagens da energia solar.
Quanto à manutenção, o procedimento é básico e esporádico. Praticamente envolve apenas a limpeza do sistema e a própria empresa que instala também presta esse serviço. Alguns sistemas, como os projetados pela Anet Volt, oferecem ao cliente o monitoramento online gratuito. Com isso, o cliente pode acompanhar, em tempo real, a produção de energia, a economia e o impacto ambiental positivo.
5. Posso zerar minha conta de luz?
Mito. Os sistemas mais eficientes do mercado (on-grid) não zeram a conta de luz. No entanto, eles são capazes de reduzi-la para o mínimo. Funciona assim: toda concessionária tem um valor mínimo que será pago pelo cliente; mesmo ele não consumindo nada, ele pagará essa quantia; e ela varia de acordo com a instalação (monofásico, bifásico ou trifásico). Os sistemas fotovoltaicos geram a energia suficiente que o consumidor precisa, de modo que ele só pagará pelo mínimo cobrado obrigatoriamente pela concessionária.