A possibilidade de mudanças regulatórias no uso do fio pela energia renovável tem acelerado o comércio da energia solar fotovoltaica. O crescimento é motivado pela possível aprovação de uma nova norma regulatória para o setor, que poderá aumentar o valor hoje pago pelos consumidores às concessionárias de energia. Quem adquirir o sistema fotovoltaico antes da possível mudança, ficará isento desse aumento. Portanto, confira mais sobre o assunto e saiba porque este é um bom momento para investir em energia solar fotovoltaica.
Aneel estuda mudanças na norma
A Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu em meados deste ano uma consulta pública com a finalidade de obter subsídios para aprimorar as regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída de energia, estabelecidas pela Resolução Normativa nº 482/2012. Foram recebidas contribuições de diversas associações, grupos e companhias de geração de energia elétrica no pais e as opiniões sobre o tema foram divergentes. Confira a lista com todas as contribuições no site da Aneel.
Um dos principais temas em questão é a cobrança de um valor pelo uso do fio, ou seja, pelo uso da rede elétrica para distribuição e armazenamento de créditos gerados pelas produções próprias de energia elétrica, caso da energia fotovoltaica. Hoje, quem tem um sistema de energia solar fotovoltaica pode enviar energia para a rede elétrica sem custos adicionais. Com isso, pode diminuir sua conta de luz para o mínimo. O que a nova proposta em questão discute é justamente a ausência desse custo. Propõe, dentro outras medidas, atribuir um valor a ser cobrado pelo uso da rede elétrica, gerando uma custo a mais aqueles que produzem a própria energia.
Por que essa possível mudança está incentivando o investimento em energia solar? Porque todos aqueles que construírem o seu sistema de geração de energia antes dessa possível mudança estarão isentos do novo valor a ser cobrado. Ou seja, quem já tem um sistema fotovoltaico funcionando não será impactado pela possível mudança. Com isso, gerará muita economia a curto, médio e longo prazo, tendo melhor retorno do investimento e rentabilidade.
Consulta pública tem opiniões divergentes
A consulta prévia buscou opiniões de diferentes empresas, associações, grupos e companhias de energia. Tudo isso para embasar uma possível mudança nas normas do setor. E o resultado foi diversificado. Por um lado, as concessionárias de energia geralmente são adeptas à mudança no valor cobrado às micro e minigeradoras de energia. Por outro lado, algumas associações de energias renováveis sugerem a necessidade de estudos mais detalhados sobre o impacto, a necessidade e a forma como essa nova norma deve ser elaborada.
A Cemig, por exemplo, disse: “defendemos uma regulação que estimule a geração distribuída. Todavia, é importante que a sua expansão não se dê onerando os demais consumidores que não optem pelo investimento na GD (geração distribuída)”.
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) “defende que a ANEEL, em sua Análise de Impacto Regulatório (AIR), realize uma avaliação criteriosa e detalhada sobre o reconhecimento dos atributos da GDFV, propondo uma metodologia de valoração de maneira neutra e completa, de seus benefícios e externalidades, considerando aspectos elétricos, energéticos, sociais, ambientais, econômicos e estratégicos, com o objetivo de prover maior embasamento técnico para amadurecer a discussão sobre novos modelos tarifários”.
Nem todas empresas apoiam a mudança
A intenção de mudança tem fundamento no próprio mercado. A ABSOLAR, por exemplo, apresenta em seu site um panorama que possivelmente justifica o tema. “A geração distribuída solar fotovoltaica começa, porém, a incomodar grandes grupos econômicos, tradicionais e conservadores no setor elétrico. Um forte lobby, encampado por entidades que representam as distribuidoras, tem pressionado autoridades para alterar importantes regulamentações que dinamizaram o mercado. Em especial, a bem-sucedida compensação de créditos de energia elétrica para sistemas de microgeração e minigeração distribuída tem sido alvo de pesadas investidas. O motivo é financeiro: ao empoderar os consumidores, tornando-os produtores ativos de sua própria energia renovável e mais independentes, a geração distribuída solar fotovoltaica ameaça as receitas e lucros de distribuidoras que não se adaptarem à nova realidade do mercado”. Veja o texto completo clicando aqui.
Ou seja, a consulta pública trouxe questões importantes e a futura análise dos resultados carece de acompanhar todas elas. Então, fique de olho e confira mais sobre a consulta no site da Aneel.
Controvérsias quanto à tarifa
A intenção de mudança tem como base a necessidade do consumidor da geração distribuída pagar mais pela utilização das redes de distribuição. O alegado é que o impacto tarifário de supostos subsídios cruzados seria de 0,1% para cada 50 mil unidades consumidoras. Os números, porém, são controversos. Há dados que preveem que o crescimento para 150 mil unidades consumidoras até 2020, geraria um impacto inferior a 0,1%. Por isso, algumas associações indicam a necessidade de análises mais precisas da situação.
E o novo aumento será emparelhado com todos os ajustes tarifários que já ocorrem. Por exemplo, em 2017 houve um aumento médio anual das tarifas de energia elétrica superior a 10%. Enquanto isso, a inflação foi de 2,95%. Em 2018, houve novos aumentos e a perspectiva é que os ajustes no preço sejam periódicos e recorrentes.
Esse é mais um motivo que gera dúvidas quanto à necessidade da nova regulamentação. E é um motivo também que incentiva mais consumidores a buscarem outras opções para a própria produção de energia, como a energia solar fotovoltaica, por exemplo.
Entenda porquê esse é um ótimo momento para investir em energia solar
A possibilidade de uma nova normatização incentivou ainda mais o setor da energia fotovoltaica. Isso porque quem já tiver um sistema funcionando não será impactado com uma nova cobrança, caso haja uma mudança regulatória. Na prática, isso significa mais possibilidade de economia, um retorno do investimento mais rápido e melhor rentabilidade.
Tudo isso faz com que o momento seja propício ao investimento em energia solar fotovoltaica. Pois, no atual modelo, são muitas as vantagens e a economia gerada. Com um sistema fotovoltaico funcionando, é possível diminuir até 95% da sua conta de luz, reduzindo-a para o mínimo. A aquisição conta com o retorno do investimento (ROI) em alguns meses. Além disso, a rentabilidade é a longo prazo, já que a vida útil dos sistemas pode ultrapassar os 25 anos. Confira mais vantagens da energia solar fotovoltaica.
Todos esses fatores somados fizeram com que o setor da energia fotovoltaica crescesse cerca de 300%, em 2017. Até agosto deste ano foram contabilizados mais de 50 mil sistemas de energia renovável instalados no Brasil, gerando crédito de energia. E os números do último trimestre revelam nova alta de 23%. Com isso, já são mais de 63 mil instalações. E detalhe: quase 90% dos créditos advém da geração solar de painéis fotovoltaicos. Confira os dados sobre o crescimento da energia solar no Brasil.
Hora boa para ter energia solar
Para o diretor da Anet Volt, Conrado Gouvêa, “parte do crescimento de 2018 tem relação com a proposta de uma nova regulamentação para as tarifas. Mais clientes têm buscado terminar o ano gerando a sua própria energia. Pois assim, se o projeto for aprovado, eles não serão impactados. Ou seja, quem investir em um sistema de energia solar fotovoltaica agora terá uma economia a curto, médio e longo prazo maior do que quem deixar para comprar um sistema no futuro”, salienta o diretor.
Portanto, se você está interessado em gerar economia com a energia solar, esse é um ótimo momento para realizar o investimento. Fale com uma empresa especializada, faça seu orçamento e conheça as vantagens.
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