Se você é consumidor da energia elétrica no Brasil conhece bem o vilão da conta de luz: preços altos, aumentos periódicos e variações de bandeira. E a energia é um bem necessário, ou seja, não conseguimos mais ficar sem ela. O problema é que esse serviço fica cada vez mais caro. Você sabe por quê? Conhece os componentes que influenciam no preço? Entende como a conta de luz é composta? Sabe que, ainda assim, há boas opções de ficar livre dessas altas tarifas?
Vamos por partes. Primeiro, se você acha a conta de luz cara, prepare-se! As expectativas não são boas e, segundo a tendência, o preço da energia elétrica pode aumentar. Por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que os consumidores poderão pagar mais de R$17 bilhões nas contas de luz, em 2019, para cobrir os custos com subsídios do setor elétrico relativos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O reflexo disso será uma alta de 1,45% nas tarifas, segundo estimativa.
Outro possível aumento pode acontecer se houver mudanças na legislação. Um projeto de lei visa isentar famílias com renda de até meio salário mínimo da conta de luz. Com isso, outros consumidores irão arcar com esses custos. O impacto poderá ser um aumento de até 5% no valor das faturas.
No ano passado, houve reajuste nas tarifas e a média oscilou de 10% a 30% de aumento. Em Minas Gerais, os percentuais de aumento na conta de energia variaram de 18,53%, para consumidores residenciais com baixa renda, a 35,56%, no caso das indústrias.
Como funciona as tarifas da conta de luz
A conta de luz é formada por diversos valores e eles vêm discriminados na fatura mensal. Por exemplo:
- Classe e subclasse da unidade consumidora.
- Registros das leituras dos medidores (anteriores e atuais).
- Data de apresentação e de vencimento; multas por atraso, se for o caso.
- Valores relativos aos produtos e serviços prestados, incluindo as tarifas aplicadas.
Tipos de cobrança
Há diferentes tipos de cobranças para cada tipo de consumidor. Por exemplo, as tarifas da energia rural são diferentes da dos consumidores urbanos.
As mais comuns são as tarifas convencionais e a tarifação branca. Na primeira, os consumidores pagam um valor único de tarifa para o consumo ativo (Kwh). Ou seja, não leva em conta a sazonalidade das horas do dia.
Já os consumidores com tarifa branca pagam diferentes valores de tarifa, dependendo do horário em que a energia é utilizada. Ou seja, aqui importa a sazonalidade do dia (horário de ponta e fora ponta).
Impostos representam quase metade da conta de luz
Outro fator que interfere no preço é a cobrança dos impostos. Segundo estudo da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), realizado em 2017, o Brasil é o 4° país no ranking das maiores cargas tributárias sobre a conta de luz. Do valor final pago pelos consumidores, 41% é imposto. Entre esses, destacam-se:
– Tributos federais: PIS e COFINS.
– Tributos estaduais: ICMS.
– Tributos Municipais: CIP ou COSIP.
– Encargos setoriais: CCC (Conta de Consumo de Combustíveis); CDE (Conta de Desenvolvimento energético); ESS (Encargos de Serviços do Sistema); ECE (Encargo de Capacidade de Emergência); RGR (Reserva Global de Reversão); ONS (Operador Nacional do Sistema); TFSEE (Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica); P&D (Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética); CFURH (Compensação financeira pelo uso de recursos hídrico).
Bandeiras Tarifárias
Conhecida pelos brasileiros, as variações na bandeira significam mudanças no valor da conta de luz. Elas foram criadas pela Resolução Normativa nº 547 da ANEEL, em 16 de abril de 2013, com o objetivo de advertir o consumidor sobre os custos atuais de geração de energia elétrica. Elas sinalizam os momentos de crise na produção e o ideal seria incentivar a economia no consumo de energia.
Entenda um pouco mais sobre as bandeiras:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. Não há acréscimos na tarifa.
- Bandeira amarela: as condições de geração tornaram-se menos favoráveis e as térmicas ativadas. A tarifa sofre acréscimo médio de R$2 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
- Bandeira vermelha – Patamar 1: há uma alta demanda e térmicas ativadas. A tarifa sofre acréscimo médio de R$3 para cada 100 kWh consumido.
- Bandeira vermelha – Patamar 2: Térmicas ativadas, alta demanda, com ainda mais condições custosas de geração de energia. A tarifa sofre acréscimo médio de R$3,50 para cada 100 kWh consumido.
O que mais consome energia: os vilões
Quando se pensa em economia de energia, logo vem à mente os aparelhos que mais consomem. Eles são os principais vilões da conta de luz. Quanto mais utilizados, maior será o impacto no preço final.
Tomando por base dados da Eletrobrás, a lista dos 11 aparelhos que, geralmente, mais consomem energia são:
- Chuveiro elétrico.
- Aquecedores de ambiente.
- Secadoras de roupas.
- Aparelhos de ar condicionado.
- Lavadoras de louça.
- Lavadoras de roupas.
- Cooktops.
- Ferro automático à vapor.
- Geladeiras de duas portas.
- Forno elétrico.
- Microondas.
Fazer o uso consciente desses equipamentos pode ajudar a reduzir a conta de luz. Mas, ainda assim, os reflexos no preço final serão apenas medidas de prevenção. Para gerar economia expressiva é preciso investir em outras práticas, como mostraremos a seguir.
Como se preparar para os aumentos da conta de luz?
O Brasil ainda tem uma grande dependência da geração de Energia pelas Hidroelétricas. Perspectivas futuras indicam a necessidade de diversificar a matriz energética do país, seja para evitar possíveis impactos de uma escassez, seja para melhorar a qualidade competitiva do setor. Para se ter uma ideia, a Energia Solar é a 8ª fonte mais utilizada. Levando-se em conta as condições naturais do país, favoráveis ao uso dessa fonte, ela poderia ser melhor aproveitada.
Muitos consumidores já perceberam tal fato. Em 2018, por exemplo, o número de instalação de microgeração de energia solar mais que duplicou. Hoje, são mais de 50 mil sistemas instalados.
O que esses consumidores buscam? Principalmente, a economia. Com energia solar é possível reduzir até 95% da conta de luz, diminuindo-a para o mínimo. Além disso, ela conta com retorno do investimento (ROI) e rentabilidade a longo prazo. Desse modo, é mais vantajoso investir em energia solar que colocar o dinheiro na poupança ou algumas aplicações do mercado.
Algumas outras vantagens também chamam a atenção
– Ficar livre das altas tarifas.
– Possibilidade de instalar um único sistema e abater na conta de luz de outros imóveis.
– Valorização do imóvel.
– Longa vida útil dos equipamentos. As placas solares podem durar mais de 25 anos.
– Confira mais detalhes sobre as vantagens e desvantagens da energia solar.
Ficou interessado? Então a dica é procurar uma empresa especializada. Ela saberá planejar um sistema eficiente para você. E se você é daqueles que acha que o preço é caro, surpreenda-se! Há diversas formas de financiamento, alguns com parcelas que podem ser menores que o valor pago na conta de luz. Deixar de investir agora em Energia Solar pode significar perda de dinheiro. Portanto, esse é um excelente momento para saber mais sobre as vantagens dos sistemas fotovoltaicos.
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