O inversor solar é um dos equipamentos mais importantes do sistema fotovoltaico. Seu papel principal é converter a energia gerada pelas placas solares (em corrente contínua – CC) para corrente alternada (CA), pois esta é utilizada pelos principais equipamentos elétricos dos imóveis e empresas.
Além disso, ele tem também uma função de segurança. Ajuda a equilibrar a energia gerada e traz informações básicas, tais como a mensuração da energia produzida.
São muitas as marcas, modelos e tipos de inversores solares hoje no mercado. Por isso, é relevante conhecer um pouco mais sobre o assunto. Veja neste post tudo sobre o inversor solar.
Qual o tipo de inversor mais utilizado?
Existem basicamente, dois tipos de inversores fotovoltaicos. O diferencial entre eles é o funcionamento em relação à forma como eles alimentam às cargas. Eles podem ou não estar ligados a uma bateria.
O inversor on-grid
O inversor mais conhecido e utilizado no mercado é o interativo. Eles são utilizados para conectar o sistema de energia solar à rede elétrica da concessionária. Utilizados, portanto, nos sistemas on-grid.
Ele age de maneira automatizada, “misturando” a energia solar à eletricidade convencional. Com isso, ele permite, por exemplo, a geração de créditos. Toda a energia gerada e não consumida pelos painéis solares transforma-se em créditos de energia junto à companhia, com validade de até 60 meses.
Ele também atua na segurança. No caso de quedas de tensão (apagões), ele deve desligar automaticamente, evitando riscos mais graves no sistema e para as pessoas que estão operando o sistema. Esse comportamento é chamado de “anti-ilhamento” – a “ilha”, em questão, é a unidade consumidora, que continuaria alimentada caso houvesse um problema na rede.
Não desligar, nesse caso, representaria um risco para os técnicos da manutenção (que poderiam receber essa energia durante a operação) e também para todo o sistema, que poderia ser posteriormente sobrecarregado, vindo a danificar.
O inversor off-grid
O inversor solar off grid é utilizado nos sistemas fotovoltaicos isolados. Alimentam diretamente às cargas da(s) bateria(s) e são sistemas não vinculados a rede elétrica da concessionária. Eles são geralmente utilizados por clientes que não tem acesso à concessionária.
Inversor central
Também conhecidos como inversores interativos, eles possuem três classificações gerais, dependendo da potência e capacidade: inversor central; inversor grid tie e inversor de string (string inverter).
O inversor central é utilizado em modelos de grande porte, como usinas com arranjos fotovoltaicos compostos por centenas de módulos. Ou seja, atende àqueles clientes que precisam de muita geração de energia.
Inversor de String
Têm a capacidade para trabalhar com até algumas centenas de módulos e são modelos de baixa potência. São os modelos mais comuns em aplicações residenciais, por exemplo. O que o difere de um inversor central é basicamente a potência, geralmente menores que 100 Kwp.
Existem diversas marcas e modelos desse tipo no mercado. E além de mais tecnológicos, eles ficam também cada vez mais bonitos, com um design elaborado e menos agressivo. Entre as principais marcas, estão ABB, Fronius, Canadian, SunGrow, SolarEdge e outros.
Micro-inversor grid tie
O micro-inversor é, resumidamente, um inversor dimensionado para os painéis solares individualmente (ou duas placas, em alguns casos). Eles têm uma potência muito pequena, geralmente menor que 300 W. Mas possuem a mesma função dos outros modelos – transformar a CC em CA e sincronizar o sistema à rede de forma segura.
Apesar do seu uso mais comum ser em projetos de pequeno porte, também é possível fazer uma grande usina solar fotovoltaica com micro. Os fabricantes, inclusive, afirmam que a sua eficiência é melhor. Eles facilitam na manutenção e monitoramentos do sistema.
Por exemplo: imagina se um inversor central queima. O custo para substituí-lo é bem maior que a troca individual de um micro-inversor. Além disso, é possível monitorar cada um deles de maneira individual, facilitando encontrar os possíveis pontos de problema no sistema.
A tecnologia MLPE
Uma tecnologia associada a alguns micro-inversores e ao sistema SolarEdge é a MLPE (Module-Level Power Electronics). Ela atua com os chamados otimizadores de potência, equipamentos instalados atrás dos módulos fotovoltaicos.
As vantagens do uso dessa tecnologia são basicamente duas: maior eficiência e segurança. O sistema fica mais eficiente porque cada placa trabalha de maneira autônoma para aproveitar o seu melhor potencial. Isso é diferente do inversor central convencional, onde todas as placas equalizam momentaneamente a sua potência pela placa de menor geração. Nesse sistema, se ocorre, por exemplo, uma sombra em alguma das placas, todas as outras passarão a gerar menos energia. Com a tecnologia MLPE isso é evitado. Por isso, esses são mais eficientes.
Onde o inversor solar é instalado
Tudo depende do tipo de inversor. Por exemplo, os microinversores são instalados próximos dos painéis fotovoltaicos aos quais estão ligados. Já o inversor central fica, geralmente, próximo do quadro de distribuição do imóvel.
O local ideal deve ser coberto, abrigado do sol, do calor e da água. Em residências, são comumente instalados em algum cômodo de pouco uso, sem agredir a arquitetura do local. Em comércios e indústrias, ficam geralmente em salas de acesso restrito, para evitar o manuseio de curiosos.
Qual a potência ideal do inversor?
A potência de um inversor deve ser bem dimensionada e varia de acordo com a necessidade de cada sistema. Por exemplo, se você está instalando um sistema de 4.8 Kw no seu telhado e não pretende ampliá-lo no futuro, pode utilizar um inversor de 5 Kw.
A especificação dos inversores deve ser uma combinação entre suas características elétricas, encontradas nos datasheets, devendo haver um mínimo de potência para que os inversores comecem a operar e um máximo para não serem danificados. As condições do datasheets devem ser respeitadas rigorosamente para não haverem danos aos inversores, não ocasionar incêndios ou diminuir a vida útil do equipamento.
O ideal para encontrar a potência correta é contar com a ajuda de um consultor especializado. Ele saberá indicar o tamanho adequado às suas necessidades e objetivos.
Posso aumentar meu sistema fotovoltaico
A potência do inversor está diretamente relacionada ao tamanho do seu sistema. Cada capacidade suporta um número máximo de placas. Portanto, quem instala um sistema e pretende ampliá-lo no futuro, tem de dimensionar desde já essa ampliação.
No caso dos micro-inversores, essa ampliação é mais simples. Como eles atuam de modo individualizado, aumentar o sistema implica, resumidamente, acrescentar equipamentos. Converse com um especialista para saber mais sobre o dimensionamento e a capacidade.
Garantia do inversor solar
A maioria dos inversores vêm de fábrica com 5 anos de garantia. Mas há outras opções, com prazos estendidos. Alguns modelos contam com 10 anos. E há hoje equipamentos com 15 anos de garantia. Aqui na ANET VOLT, por exemplo, nós ofertamos aos clientes três tipos básicos de garantia, para que ele possa escolher a que melhor se adéqua ao seu bolso e objetivo.
Inversor solar com transformador ou sem transformador
Esses dois tipos estão disponíveis no mercado. O inversor solar sem transformador é mais leve, gera menos calor e são bons para áreas fechadas. Porém, no Brasil, eles não podem ser utilizados em todos os lugares. Alguns distribuidores exigem o uso de inversores com transformador. Fale com uma empresa do setor para descobrir qual o mais indicado para o seu caso.
Marcas testadas e registradas
O registro INMETRO é essencial para atestar a boa qualidade de um inversor, principalmente no caso on-grid. As distribuidoras exigem o registro para aprovação do projeto de sistema solar fotovoltaico conectado à rede.
Sem a certificação do INMETRO, não importa a qualidade do inversor, ele não será aceito pela companhia. Os componentes aceitos podem ser pesquisados no site do instituto, nesse link.
Em laboratório, o INMETRO testa modelos com potência máxima de 10 Kw, por isso os inversores centrais de maior capacidade não contam com esse registro.
No caso dos inversores autônomos (off-grid), nem sempre o INMETRO é garantia de boa qualidade. Há diversas marcas disponíveis no mercado (com ou sem o selo), mas de eficiência duvidosa. O mais garantido, sempre, é procurar a ajuda de um profissional com capacitação no assunto.
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